EM UM PASSADO POUCO RECENTE...

Em um passado pouco recente, os uniformes dos times, tinham o objetivo de representar as cores do clube e diferenciar as duas equipes dentro de campo. Além do mais, era a forma do torcedor apaixonado, sentir orgulho daqueles mestres, que realmente vestiam a camisa do seu clube. Camisas aquelas, feitas de pano, pesado, quente, mas que geralmente rendiam um suor digno e caloroso de um atleta. Os jogos pela televisão eram raros, na época, em preto e branco, as transmissões de rádio eram alegres e emocionantes, transformando o som, em um colorido na fantasia dos torcedores. O futebol era arte, e os artistas “pintavam”, com seus uniformes. O tempo foi passando e a arte se desvalorizou, as camisas perderam o seu real valor. Hoje em dia os clubes não usam mais “uniformes”, mas sim, mídias ambulantes que são atualizadas de pouco em pouco tempo. Tudo bem que o futebol se “modernizou” pela tecnologia dos materiais esportivos, com malhas sintéticas leves tipo DryFit, tactel, bolas de couro sintético e coisas mais. O que não pode acontecer, é a camisa perder o real valor da sua identidade, o qual já citei anteriormente, para virar uma fonte de renda dos clubes, impondo de uma forma geral, seus torcedores fanáticos, que na sua maior parte são humildes, não tendo condições de se alimentar e nem viver dignamente, mas que se “matam” para compram a “nova” camisa do seu time, na ideia de se sentirem importantes diante da sua torcida. Afinal qual é o valor do verdadeiro futebol de hoje? Se alguém souber...

Pedro Barboza