No dia 24 do mês passado Vasco e Botafogo se encontraram pela primeira vez no ano de 2010. O massacre vascaíno levou o caos a General Severiano e instalou a confiança em São Januário após muito tempo de dúvidas desde a queda para a Série B.
Desde então o Botafogo trocou de treinador, saiu Estevam Soares e entrou Joel Santana, que mais do que qualquer grande mudança tática deu ao time um novo espírito. O Botafogo com Joel tem mais estrela, joga com mais garra, consegue ser mais decisivo e compensa a falta de qualidade com raça. A vitória contra o favorito Flamengo mostrou que o alvinegro aprendeu a decidir os jogos ao invés de entregá-los nas mãos dos adversários como em outras épocas.
O Vasco por sua vez navegou por águas mais calmas desde então, o time muito bem organizado por Vágner Mancini mostrou até algum relaxamento durante o campeonato, mas sempre foi a equipe que desempenhou o melhor futebol. Foi o clube cruzmaltino que melhor contratou conseguindo tornar seu elenco competitivo e após superar nos penaltis o desafio contra o Fluminense é favorito à Taça Guanabara.
Nesse domingo 21 de fevereiro, quase um mês depois o gigante da colina e o clube da estrela solitária voltam a se encontrar. O Vasco da última vez ganhou o clássico, mas o Botafogo com isso ganhou a união. Dificilmente veremos uma superioridade tão grande como aquela, o equilíbrio deve estar mais presente. Os vascaínos têm o favoritismo, mas que ninguém se surpreenda caso aquela camisa da estrela solitária queimada pelo próprio torcedor renasça das cinzas, porque essa é a cara desse Botafogo da Taça Guanabara.
Diogo Miranda
